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Esterilização Machos


A esterilização refere-se à retirada ou inutilização das glândulas sexuais de machos e fêmeas tornando-os inférteis e com isso terminando com os períodos de cios, gravidez indesejada, transmissão de doenças por via sexual, lutas e marcações de território, vocalizações excessivas típicas do período de reprodução, corrimentos vaginais, períodos prolongados de ausência para animais de vida semi-livre, complicações secundárias à toma das pílulas, etc.

Por serem tão diferentes, vamos tratá-las em separado.  

A esterilização dos machos consiste na remoção da capacidade fértil de um animal por remoção dos testículos ou por bloqueio do canal deferente. A mais comum e recomendada é sem duvida a remoção dos testículos, que se chama Orquiectomia.

O procedimento mais comum é fazer um corte cirúrgico no escroto e promover a retirada e laqueação dos testículos e vasos que o irrigam, sem grandes complicações, como se pode ver na descrição que fazemos abaixo. Existem no entanto casos de machos cujos testículos não desceram da cavidade abdominal, chamando-se Monorquídios (se desceu um e outro ficou “retido”) ou Criptorquídios (se ficaram ambos “retidos”). Nestes casos temos que recorrer a um método mais invasivo e aceder à cavidade abdominal. O ou os testículos retidos devem sempre ser retirados, devido ao risco de tumorizarem. Nunca se devem reproduzir machos Mono ou Criptorquidios, pois estes têm tendência a passar o defeito à descendência, perpetuando o problema.  

Descrição do procedimento normal:  

  1. Recebemos o macho no dia da cirurgia logo pela manhã (ou deixaram-no no dia anterior) em jejum sólido e hídrico.  
  2. Fazemos um exame físico e determinamos o tipo de anestesia, com a ajuda de análises nos casos em que julgamos necessário.   
  3. Administramos uma medicação pré-anestésica que inclui um tranquilizante e medicação para a dor.   
  4. Colocamos um catéter na pata por onde administramos soro para prevenir a desidratação e manter as pressões sanguíneas, e mantemos assim uma via aberta para poder administrar medicamentos de acção rápida caso surja algum problema.   
  5. Administramos o anestésico injectável e colocamos um tubo respiratório na traqueia do animal para lhe podermos administrar oxigénio e anestésico inalatório, sempre muito mais seguro que o fixo.   
  6. Durante todo o procedimento monitorizam-se o ritmo cardíaco, as pressões sanguíneas e a função respiratória e temperatura.   
  7. Antes do final da cirurgia é reforçada a protecção para a dor e administrado um antibiótico.   No final é colocado a recuperar a consciência e a temperatura corporal normal, sempre monitorizado por alguém especializado.  

Normalmente e no caso dos machos, ao final do dia são enviados para casa com uma medicação para alguns dias, um colar Isabelino (funil) para não de irem lamber e algumas indicações de segurança.  
Uns dias depois é efectuado um check up gratuito só para ver como está a cicatrização e caso os tenha, retirar os pontos.       
 

Todas estas cirurgias requerem um excelente protocolo de anestesia.