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Esterilização Fêmeas


A esterilização refere-se à retirada ou inutilização das glândulas sexuais de machos e fêmeas tornando-os inférteis e com isso terminando com os períodos de cios, gravidez indesejada, transmissão de doenças por via sexual, lutas e marcações de território, vocalizações excessivas típicas do período de reprodução, corrimentos vaginais, períodos prolongados de ausência para animais de vida semi-livre, complicações secundárias à toma das pílulas, etc.
Por serem tão diferentes, vamos tratá-las em separado.  

A esterilização das fêmeas consiste na remoção da capacidade fértil de um animal por remoção, de acordo com o nosso procedimento, dos ovários e de parte do útero (até ao colo do útero). A este procedimento chamamos Ovariohisterectomia.

Existem inúmeros benefícios de esterilizar a sua cadela ou gata:

  • em primeiro lugar, vai contribuir para a prevenção da sobrepopulação de cães e gatos, que tão difíceis são de dar e que, com os canis cheios, começam a vida com uma perspectiva pouco animadora.
  • em segundo lugar a esterilização elimina os períodos de cio, que seja por vocalizações, seja pela atração de machos e consequentes lutas e perigos, tanto nos incomodam.
  • em terceiro lugar, vai permitir eliminar o risco de infecção uterina (piómetra) e tumores ováricos e reduzir o risco de aparecimento de tumores mamários, que são malignos em 50% das cadelas e 80% das gatas! 
  • em quarto lugar temos o desaparecimentos de perigo de contágio de doenças de transmissão sexual, etc etc etc….   

Existem técnicas diferentes para fazer a intervenção cirúrgica: umas mais abertas, outras mais fechadas. Estas diferem não só no acesso que se tem às estruturas mas também no grau de segurança que nos permitem ter.  

Descrição do procedimento normal:  
  1. Recebemos a fêmea no dia da cirurgia logo pela manhã (ou deixaram-na no dia anterior) em jejum sólido e hídrico.  
  2. Fazemos um exame físico e determinamos o tipo de anestesia, com a ajuda de análises nos casos em que julgamos necessário.   
  3. Administramos uma medicação pré-anestésica que inclui um tranquilizante e medicação para a dor.   
  4. Colocamos um catéter na pata por onde administramos soro para prevenir a desidratação e manter as pressões sanguíneas, e mantemos assim uma via aberta para poder administrar medicamentos de acção rápida caso surja algum problema.   
  5. Administramos o anestésico injectável e colocamos um tubo respiratório na traqueia do animal para lhe podermos administrar oxigénio e anestésico inalatório, sempre muito mais seguro que o fixo.   
  6. Durante todo o procedimento monitorizam-se o ritmo cardíaco, as pressões sanguíneas e a função respiratória e temperatura.   
  7. Antes do final da cirurgia é reforçada a protecção para a dor e administrado um antibiótico No final é colocado a recuperar a consciência e a temperatura corporal normal, sempre monitorizado por alguém especializado.  

Normalmente no caso das fêmeas, ficam para observação pós operatória 24h sendo no segundo dia enviadas para casa com uma medicação para alguns dias, um colar Isabelino ("funil", "cone", "parabólica") para não de irem lamber e algumas indicações de segurança.  
 Uns dias depois é efectuado um check up gratuito só para ver como está a cicatrização e caso os tenha, retirar os pontos.       
 
 Todas estas cirurgias requerem um excelente protocolo de anestesia.